Imunoterapia, uma nova abordagem no tratamento do câncer

Imunoterapia, uma nova abordagem no tratamento do câncer

Apontada como o maior progresso contra o câncer pela Sociedade Americana de Oncologia Cínica (ASCO), a Imunoterapia utiliza uma abordagem diferente dos tratamentos anteriormente utilizados. 

Essa ferramenta revolucionária, trata-se de um grupo de drogas que, ao invés de focar no tumor, foca no paciente, na sua qualidade de vida e bem-estar, estimulando o próprio sistema imune do indivíduo  a detectar as células cancerígenas e atacá-las.

Nosso sistema imunológico consegue detectar bactérias, vírus e fungos como agentes externos, monta um ataque e destrói esses agentes. Mas com as células cancerosas é diferente, elas utilizam disfarces e conseguem enganar o sistema imune, que não percebe a doença como uma ameaça e a deixa evoluir.

Há muitos anos, a Imunoterpia tem sido testada contra o câncer, porém sem muito sucesso. Com o avanço nas pesquisas e aprofundamento do conhecimento da imunologia, os cientistas foram conseguindo resultados positivos, com poucos efeitos colaterais e tumores desaparecendo rapidamente.

Hoje, ela é considerada uma nova forma de tratamentos do câncer, por tornar o sistema imunológico do paciente mais forte e capaz de eliminar as células tumorais por conta própria.

No Brasil, a tendência é que ela ganhe cada vez mais espaço. No momento, a Imunoterapia está sendo aplicada no tratamento de melanoma, câncer de pele, e para alguns cânceres de pulmão, estômago, intestino, rim, bexiga, cabeça e pescoço.

Mas você deve estar se perguntando, como a imunoterapia age no organismo e qual a diferença dos outros tratamentos?

Pois bem, de maneira resumida a quimioterapia, faz uso de medicamentos citotóxicos, drogas que atacam as células logo no início do tratamento. Os agentes utilizados nesse tratamento agridem muito o organismo, pois eles atacam tanto as células cancerígenas quantos as normais, gerando efeitos colaterais que muitas vezes debilitam o paciente.

Já a imunoterapia faz uso de drogas imunoterápicas que agem de diferentes maneiras, com uma abordagem um pouco mais lenta podendo levar algumas semanas para o corpo descobrir qual a diferença das células neoplásicas para as células normais.

Os efeitos colaterais com esse tratamento, também não são os mesmos, como não tem o ataque às células normais o paciente não apresenta cansaço, não tem queda de cabelo, náuseas, nem vômitos, e não tem baixa na imunidade.

Há casos que o paciente não apresenta nenhum tipo de efeito colateral com essa forma de tratamento, mas é importante lembrar, que cada organismo reage de uma maneira e os efeitos colaterais detectados, normalmente são imunológicos e não citotóxicos.

Para você entender melhor, existem formas de imunoterapias que podem ser administradas de maneiras diferentes:

  • Tópico (sobre a pele), nesta abordagem a imunoterapia é aplicada em forma de creme que o paciente passa sobre a pele. Este tratamento que pode ser usado para o câncer de pele, se diagnosticado logo no início.
  • Via oral (pela boca), neste caso a imunoterapia vem em comprimidos ou cápsulas.
  • Via intravenosa (pela veia), neste caso as drogas são administradas direto na veia do paciente.
  • Intravesical, desta forma a imunoterapia vai diretamente à bexiga, através de um cateter.

A frequência do tratamento usando a imunoterapia depende do tipo de câncer, do estádio da doença e de como o organismo reage ao tratamento.

Fontes:
-Sociedade Americana de Oncologia Clínica – ASCO
-oncoguia.org.br
-onclive.com

 

 

Esperamos que estas orientações tenham ajudado você a entender melhor esse assunto tão importante na vida do paciente oncológico.

Mas, não fique com dúvidas, a melhor maneira de entender é conversando com seu médico. Aqui na Oncocentro damos suporte aos pacientes que buscam ter seus direitos assegurados.

Estamos sempre atualizados e fazemos parte da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica) que nos dá todo o suporte necessário.

 

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