09 dez Novidade no tratamento de leucemia
Estudo clínico revela resultados favoráveis para tratamento da leucemia linfoide aguda sem quimioterapia
De acordo com informações do Manual de Oncologia Clínica do Brasil- MOC- o parecer de pacientes com leucemia linfoide aguda com expressão do cromossomo Filadélfia (PH+) demonstrou avanços significativos nos últimos anos a partir da introdução dos inibidores de tirosina quinase no regime terapêutico dessa doença em concomitância a terapia citotóxica.
Agora, novos métodos de tratamento têm explorado o desenvolvimento de tratamento sem o uso de quimioterapia em pacientes com este tipo de leucemia.
O estudo de fase II GIMEMA LAL2116 D-ALBA avaliou a combinação de dasatinibe, um inibidor de tirosina quinase de segunda geração, e blinatumomabe, um anticorpo bi-específico anti-CD3 e anti-CD19 como tratamento de primeira linha em 63 pacientes com leucemia linfoide aguda Ph+.
O estudo incluiu pacientes idosos, sem limite superior para faixa etária (população usualmente pouco representada nos estudos clínicos). Ao final da fase de indução, a taxa de resposta hematológica completa foi 98%, com taxa de resposta molecular de 29%. Não houve diferença nos desfechos entre os pacientes com fusão das proteínas p190 ou p210.
Ainda conforme o estudo, a taxa de resposta molecular foi maior após ciclos adicionais de blinatumomabe, atingindo até 81% após o quarto ciclo. Com um seguimento mediano de 18 meses, a taxa de sobrevida foi 95% e a taxa de sobrevida livre de doença 88%.
A totalidade dos pacientes que apresentou resposta molecular ao tratamento demonstrou-se livre de doença na presente análise.
Veja o estudo na íntegra: Dasatinibe-Blinatumomabe para leucemia linfoblástica aguda Ph-positiva em adultos
Fonte: Manual de Oncologia Clínica do Brasil- MOC-
Esperamos que estas orientações tenham ajudado você a entender melhor esse assunto tão importante na vida do paciente oncológico.
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Dr. Carlos Felin – CRM 9751
Médico Oncologista – Diretor Técnico da Oncocentro
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