Nova aprovação da ANVISA

Nova aprovação da ANVISA

Imunoterapia com inibidor de checkpoint é aprovada para o tratamento do linfoma de Hodgkin refratário no Brasil

No dia 1° de março de 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou uso do anticorpo anti-PD-1 pembrolizumabe para o tratamento de pacientes adultos com linfoma de Hodgkin clássico recidivado ou refratário e pacientes pediátricos com linfoma de Hodgkin clássico recidivado ou refratário após 2 linhas de tratamento sistêmico.  Essa aprovação foi baseada em dois estudos, KEYNOTE-204 e KEYNOTE-051.

O estudo MK-3475-204 / KEYNOTE-204 teve como objetivo avaliar o pembrolizumab no tratamento de participantes com Linfoma de Hodgkin Clássico recidivante ou refratário. 

Foram randomizados 304 participantes adultos para receber pembrolizumabe ou brentuximabe vedotina (BV) por até 35 ciclos de três semanas de tratamento.

As primeiras suposições obtidas nesse estudo são que o tratamento com pembrolizumabe prolonga a Sobrevivência Livre de Progressão (PFS) e a Sobrevivência Geral (OS) em participantes com Linfoma de Hodgkin Clássico recidivante ou refratário em comparação ao tratamento com VB.

 


Leia o estudo na íntegra: Estudo de pembrolizumabe (MK-3475) X vedotina de brentuximabe em participantes com linfoma de Hodgkin clássico recidivante ou refratário (MK-3475-204 / KEYNOTE-204)


 

Já o estudo MK-3475-051 / KEYNOTE-051 avaliou participantes pediátricos com um tumor sólido avançado ou linfoma.

Dentre os 15 pacientes com linfoma de Hodgkin clássico recidivado ou refratário, a taxa de resposta objetiva foi de 60%, com taxa de controle de doença de 80% e duração mediana de resposta de 17,3 meses.

A taxa de sobrevida livre de progressão foi de 72,7% e 51,9% aos 6 e 12 meses, respectivamente. Na avaliação de segurança, a taxa de eventos adversos de graus ≥ 3 foi de 45%, destacando-se anemia e linfopenia como as toxicidades mais frequentes.

 


Leia o estudo na íntegra: Um estudo de pembrolizumabe (MK-3475) em participantes pediátricos com um tumor sólido avançado ou linfoma (MK-3475-051 / KEYNOTE-051)


 

Fonte: Dr. Daniel Vargas P. de Almeida- Via- Manual de Oncologia Clínica do Brasil (MOC)

 

» Leia também:  Imunoterapia aprovada para o tratamento do carcinoma basocelular avançado

 

Esperamos que estas orientações tenham ajudado você a entender melhor esse assunto tão importante na vida do paciente oncológico.

Os textos publicados em nosso Blog têm caráter informativo e suas informações não substituem a consulta com especialistas. Para mais informações sobre o tema, entre em contato com um médico e tire suas dúvidas.

Dr. Carlos Felin – CRM 9751
Médico Oncologista – Diretor Técnico da Oncocentro

 

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