Tratamentos

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Tratamentos| Definição e finalidade

O tratamento para o câncer é chamado de tratamento antineoplásico, pois atua na destruição de uma neo (nova) plasia (formação). A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão regulador responsável pelo registro dos medicamentos comercializados no Brasil utiliza o termo antineoplásicos como referência aos medicamentos usados contra o câncer, divididos em vários subgrupos.

O tratamento antineoplásico pode incluir, além de medicamentos como quimioterapia, hormonioterapia, imunoterapia, terapia alvo específica que são sistêmicos, a cirurgia e radioterapia que são tratamentos locais e que podem ser utilizadas separadamente ou em combinação.

Quanto à finalidade o tratamento antineoplásico pode ser:
Curativa: busca-se o controle completo do tumor (cura).
Adjuvante: normalmente segue a cirurgia curativa, tendo o objetivo de eliminar células malignas residuais locais ou circulantes. Estas células malignas, embora não sejam perceptíveis clinicamente, podem ser responsáveis pela volta do tumor.
Neoadjuvante: é a aplicação de antineoplásicos ou radioterapia antes da cirurgia. Visa redução parcial do tumor para “facilitar” o tratamento local. Além disso, possibilita a avaliação da resposta tumoral às drogas empregadas.
Paliativa: tem por finalidade melhorar a qualidade de vida e/ou aumentar a sobrevida dos pacientes, não significando que o paciente está mal ou que não possa levar suas atividades cotidianas como de costume.

Hoje, a forma de ver o câncer tem se modificado, pois quando não é possível a cura absoluta, os avanços da medicina e da genética vem tornando-o uma doença crônica, como diabetes ou uma insuficiência cardíaca. Controla-se para não aumentar o tumor e espalhar-se para outras partes do corpo e o paciente segue com suas atividades.


Tipos de tratamentos

Cirurgia:

Visa à retirada da massa de células neoplásicas do local de origem e avaliação de sua infiltração nos tecidos vizinhos e vasos sanguíneos e linfáticos. Além da retirada da massa de células neoplásicas, o procedimento cirúrgico é utilizado para avaliação do tipo de célula envolvida e infiltração do tumor. Esses dados levam ao estadiamento, que é o estágio em que a doença se encontra.

Radioterapia:

É um tratamento no qual se utilizam radiações para destruir um tumor ou impedir que suas células aumentem. Estas radiações não são vistas e durante a aplicação o paciente não sente nada, podendo com o decorrer das aplicações, que são diárias e rápidas, sofrer uma leve queimadura na pele do local irradiado. A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros recursos usados no tratamento dos tumores.

Imunoterapia ou modificadores da resposta biológica:

É a utilização de fatores de defesa do organismo, sintetizados em laboratório, para ativar as defesas naturais do corpo contra as células tumorais. São utilizados em apenas alguns tipos de tumores, pois os restantes não são sensíveis a esse tipo de tratamento. Também estão inclusos nessa categoria os fatores de estimulação de colônias, que servem para acelerar a recuperação das células sanguíneas para encurtar o intervalo entre as aplicações de quimioterapia.

Hormonioterapia:

A terapia hormonal altera a ação ou produção de hormônios masculinos ou femininos e é utilizada para diminuir o crescimento de alguns tipos câncer de mama, próstata e endométrio (que normalmente crescem na presença dos níveis hormonais sanguíneos normais ou superiores).Agem impedindo o organismo de produzir o hormônio ou impedindo a célula de câncer de usá-lo.

Quimioterapia:

É um tipo de tratamento, em que se utilizam medicamentos para combater o câncer. Eles são aplicados, em sua maioria, na veia, podendo também ser administrado via oral, intramuscular, subcutânea, intra-arterial. Nestas vias de administração os medicamentos se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que formam o tumor e destruindo, também, aquelas que podem ter se espalhado pelo corpo. As restantes agem no local onde são administradas (tópica, intravesical, intrapleural e intratecal).

Esse tratamento atua alterando a célula em sua divisão e ocasionando a morte desta ao tentar se dividir (divisão acentuada é a característica das células cancerosas).

 

Existem mais de 100 tipos desta medicação. Elas variam na sua composição química; na forma, sequência e intervalos em que são administradas; nos seus efeitos adversos (toxicidade) e na eficácia em tratar diferentes formas de câncer.

 

O primeiro quimioterápico antineoplásico foi desenvolvido a partir do gás mostarda, usado nas duas Guerras Mundiais como arma química. Após a exposição de soldados a este agente, observou-se que eles desenvolveram hipoplasia medular e linfoide, o que levou ao seu uso no tratamento dos linfomas malignos. A partir de então, muito se desenvolveu essas descobertas. Atualmente, quimioterápicos mais ativos e menos tóxicos encontram-se disponíveis para uso na prática clínica. Os avanços verificados nas últimas décadas, na área da quimioterapia antineoplásica, têm facilitado consideravelmente a aplicação de outros tipos de tratamento de câncer e permitido maior número de curas.

Terapia alvo-específico:

Terapia-alvo é um termo geral que se refere a medicações ou drogas que têm foco em local específico (alvo) no crescimento e desenvolvimento de células tumorais. Por agirem em locais alvos importantes, estes agentes destroem as células tumorais diretamente. Os alvos (ou locais de ação específicos) são tipicamente moléculas ou pequenas partículas presentes nas células ou no espaço que as circunda que são conhecidos por desempenhar um papel importante na formação e no desenvolvimento do câncer.

São medicações desenvolvidas em laboratório para agir especificamente contra determinado alvo na célula do câncer (por exemplo, alguma enzima ou proteína presente apenas nas células cancerígenas). Não agem na célula normal. Por este motivo, é considerada uma “terapia inteligente”, agindo apenas nas células cancerígenas, minimiza os efeitos colaterais do tratamento, fornecendo qualidade de vida ao paciente. Ainda não foram descobertos tratamentos alvo-específico para todos os tipos de câncer, mas a ciência continua progredindo diariamente.

 

Fonte: INCA

 

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