10 set Tudo que você precisa saber sobre o câncer de pulmão
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer ( INCA), o câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma). Desde 1985, é o primeiro em todo o mundo, tanto em incidência quanto em mortalidade. Aproximadamente 13% de todos os casos novos de câncer são de pulmão.
- Estimativas de novos casos: 30.200, sendo 17.760 homens e 12.440 mulheres (2020 – INCA);
- Número de mortes: 27.931, sendo 16.139 homens e 11.792 mulheres (2017 – SIM)
As seguintes práticas contribuem para prevenção do câncer de pulmão:
- Não fumar.
- Evitar o tabagismo passivo.
- Evitar a exposição a agentes químicos (como arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio, cloreto de vinila e éter de clorometil), presentes em determinados ambientes de trabalho.
Elencamos uma série de perguntas de pacientes que são muito comuns nos consultórios sobre o câncer de pulmão.
Dr. o câncer de pulmão é comum? VERDADE: O câncer de pulmão é o mais comum dos tumores malignos. Estima-se que compreende a 12,3% de todos os casos novos de câncer.
Dr. é um câncer que afeta só homens? MENTIRA: O câncer de pulmão afeta ambos os sexos. O número de homens acometidos pela doença é maior, mas a incidência em mulheres vem aumentando.
Dr. a hereditariedade é grande fator de risco? DEPENDE: É um fator importante, mas não é decisivo. São raros os casos de cânceres que se devem exclusivamente a fatores hereditários.
É uma doença grave? VERDADE: A mortalidade é muito elevada. As chances de cura dependem muito da fase em que o tumor é diagnosticado.
É verdade que é o câncer que mais mata? VERDADE: Isso ocorre porque ele é de difícil detecção e, na maior parte dos casos, quando o paciente procura o médico e descobre a doença, ela já está em estágio avançado.
O câncer de pulmão é incurável? MENTIRA: Apesar de o tratamento ser difícil nos casos mais avançados, quando é descoberto na fase inicial a chance de cura é alta – cerca de 80%.
Parar de fumar reduz o risco de câncer em 90%? VERDADE: O pulmão do fumante nunca voltará a ser como era antes do início do vício, mas pode chegar bem perto disso. A redução do risco só é notada a partir do quinto ano longe do fumo, mas justifica o esforço de abandonar o vício. O risco de câncer é proporcional à quantidade de cigarros consumidos, mas não há tempo, nem quantidade segura. ‘O ideal é não fumar’
O tabaco causa apenas câncer de pulmão? MENTIRA: O hábito de fumar é a principal causa do câncer de pulmão, laringe, faringe, cavidade oral e esôfago. Também contribui para o surgimento do câncer de bexiga, pâncreas, útero, rim e estômago, além de algumas formas de leucemia.
Fumante passivo não tem risco de ser acometido pelo câncer de pulmão? MENTIRA: Segundo dados apresentados recentemente pela Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO) e pela OMS, em um congresso em Genebra, Suíça, 80% dos casos de câncer de pulmão no mundo estão relacionados ao tabaco. Particularmente para os fumantes passivos, um dado alarmante: o risco do desenvolvimento de câncer de pulmão é de 25% para companheiros de fumantes e de 17% em ambientes de trabalho. E este dado ganha um peso ainda maior quando se trata de uma doença classificada como epidemia global – o câncer de pulmão é o tipo de câncer que mais mata no mundo (1,3 milhão de pessoas diagnosticadas por ano x 1,2 milhão de mortes).
Os sintomas do câncer demoram a aparecer? VERDADE: Os sintomas costumam aparecer só quando a doença está em estágio avançado. Tosse persistente, falta de ar e dores no peito são os mais comuns. Outro indicativo de câncer, em pacientes portadores de enfisema pulmonar, é o agravamento repentino da doença.
- Em estágio avançado, o câncer de pulmão pode provocar sintomas que aparentemente nada têm a ver com a doença: dores de cabeça ou nos ossos, por exemplo. Isso decorre das metástases, quando, a partir do pulmão, o câncer se espalha para outros órgãos, como ossos, cérebro e fígado.
O diagnóstico depende de vários exames: os primeiros confirmam apenas a existência de um tumor, mas ainda não um câncer. A biópsia confirma o câncer e também é capaz de identificar o tipo.
O câncer de pulmão mais comum é o de “não-pequenas células” (75% dos casos), mas o mais agressivo é o câncer de pulmão “de células pequenas”. O tratamento é feito após uma avaliação de cada caso, e pode ser feito com quimioterapia, radioterapia, cirurgia, e mais recentemente, com terapia-alvo, por via oral.
Crianças também podem ter? DEPENDE. Claro que isso não é impossível, mas é bastante raro. Normalmente, esse tipo de tumor acomete pessoas com mais de 40 anos de idade.
O câncer de pulmão é sempre igual? MENTIRA: Existem dois tipos, dependendo do tipo de células.
Existe o de “não-pequenas células”, que representa 75% dos tumores. Este tipo corresponde a um grupo composto de três tipos histológicos (microscópicos):
- carcinoma epidermoide;
- adenocarcinoma;
- carcinoma de células grandes.
Geralmente a disseminação para outros órgãos é lenta.
Existe ainda o “de pequenas células”, que representa 25% dos casos de câncer de pulmão. Tem três subtipos celulares:
- linfocitóide;
- intermediário;
- e o combinado (de células pequenas mais carcinoma epidermoide ou adenocarcinoma).
A disseminação para os pulmões e outros órgãos é mais rápida. Tem boa resposta ao tratamento, mas baixo percentual de cura. A maioria dos pacientes apresenta metástase quando é realizado o diagnóstico.
Se é uma doença tão grave, não vale a pena tratar? MENTIRA: Com o avanço da Medicina, métodos inovadores de diagnósticos e modernos medicamentos vêm sendo incorporados ao tratamento do câncer de pulmão, aumentando significativamente a sobrevida e a qualidade de vida dos portadores deste tipo de tumor.
Fonte: Instituto Nacional do Câncer (INCA)
Leia também: Os Direitos do Paciente Oncológico.
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Esperamos que estas informações tenham ajudado você a entender melhor o câncer de pulmão.
Mas, não fique com dúvidas, a melhor maneira de entender é conversando com seu médico.
Aqui na Oncocentro você encontra profissionais qualificados e empenhados para oferecer um atendimento ético e humanizado a todos pacientes e familiares.
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