08 set Nivolumabe para tratar câncer esôfago
Nivolumabe é aprovado pela ANVISA para tratamento de carcinoma escamoso de esôfago avançado
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) anunciou no início de agosto de 2020 a aprovação do uso de nivolumabe para o tratamento de pacientes com carcinoma escamoso de esôfago irressecável ou metastático, com exposição prévia a quimioterapia baseada em fluoropirimidina e platina conforme os dados do estudo de fase III ATTRACTION-3.
Essa aprovação foi baseada no estudo ATTRACTION-3 que avaliou 419 pacientes randomizados a uma razão 1:1 entre nivolumabe ou quimioterapia a escolha do investigador (docetaxel ou paclitaxel).
De acordo com a pesquisa, a quimioterapia para pacientes com carcinoma espinocelular esofágico avançado oferece poucas perspectivas de sobrevida em longo prazo.
A análise final de estudo do inibidor PD-1 do ponto de verificação imunológico nivolumabe versus quimioterapia em pacientes com carcinoma de células escamosas esofágico avançado previamente tratado.
- O nivolumabe foi associado a uma melhora significativa na sobrevida geral e a um perfil de segurança favorável em comparação com a quimioterapia em pacientes previamente tratados com carcinoma espinocelular esofágico avançado e pode representar uma nova opção de tratamento de segunda linha padrão para esses pacientes.
- Com um seguimento mínimo de 17,6 meses, o tratamento com nivolumabe reduziu em 23% o risco de morte quando comparado a quimioterapia.
- O benefício em sobrevida global ocorreu independente da expressão de PDL-1. Nas demais análises de eficácia, a taxa de resposta ao tratamento com nivolumabe foi 19%, com duração mediana do benefício de 6,9 meses.
- A taxa de eventos adversos relacionados ao tratamento de graus ≥ 3 foi 18% com nivolumabe, destacando-se rash, diarreia, redução do apetite e fadiga como as toxicidades apresentadas em maior frequência.
Veja o estudo na íntegra: Nivolumabe versus quimioterapia em pacientes com carcinoma espinocelular de esôfago avançado refratário ou intolerante à quimioterapia anterior (ATRAÇÃO-3): um estudo multicêntrico, randomizado, aberto, de fase 3
Fonte: Por Dr. Daniel Vargas P. de Almeida
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