Qual a relação entre HPV e Câncer do Colo do Útero?

Qual a relação entre HPV e Câncer do Colo do Útero?

O HPV (vírus do papiloma humano) é uma infecção sexualmente transmissível, provocada por vírus que atacam, especialmente, as mucosas (oral, genital ou anal), tanto nas mulheres como nos homens.  O vírus é responsável pelo aparecimento de verrugas comuns de pele e verrugas genitais, chamadas também de condiloma acuminado.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer- INCA, existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, e pelo menos 13 tipos do HPV são considerados oncogênicos (associados aos cânceres do colo do útero, de pênis, de orofaringe e, até mesmo, de câncer reto-anal). A contaminação do vírus ocorre de maneira frequente, em algumas pessoas o HPV cura-se sozinho devido a uma remissão espontânea do vírus, mas quando persiste e surgem lesões precursoras, que não identificadas e tratadas, podem progredir para o desenvolvimento de câncer, em especial o no colo do útero.

O câncer do colo do útero é um tumor que se desenvolve a partir dessas lesões no colo do útero, localizado no fundo da vagina. A doença em estágio inicial é silenciosa e pode não apresentar sinais ou sintomas, mas conforme vai avançando podem aparecer sangramento vaginal, corrimento e dor.  De acordo um o último levantamento feito pelo INCA, o câncer de colo de útero é o segundo tipo de câncer mais comum no sexo feminino, perdendo apenas para o câncer de mama, além disso, é o tipo de câncer mais incidente na região Norte e o quarto no Sul e Sudeste do país.

Uma das principais formas de prevenção é a vacinação contra o HPV, pois ela impede a contaminação de pessoas ainda não infectadas e reduz a chance do desenvolvimento de lesões do colo uterino induzidas pelo vírus, precursoras do câncer.

 

Existem duas vacinas profiláticas contra HPV aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA):

  • Vacina quadrivalente, que protege contra HPV 6, 11, 16 e 18, aprovada para mulheres entre 9 a 45 anos e homens entre 9 e 26 anos.
  • Vacina bivalente, que protege contra HPV 16 e 18, aprovada para mulheres entre 10 e 25 anos.

 

Ambas as vacinas possuem maior indicação para meninas e meninos que ainda não iniciaram a vida sexual e vale lembrar que a vacina é uma prevenção e não tratamento do HPV.

Especialistas consideram a vacinação essencial na prevenção, no entanto, a cobertura da vacina contra o HPV ainda é insuficiente para alcançar grande parte da população e evitar mortes relacionadas ao vírus.

Em 2014 com intuído de ampliar esse alcance, o Ministério da Saúde inseriu a vacina contra o HPV ao calendário Nacional de imunização, de forma gratuita, para meninas de 9 a 14 anos. Em 2016, foram inseridos no público-alvo, meninos de 11 a 14 anos. Todos nesta faixa etária deveriam receber as duas doses com intervalos de seis meses, e mulheres vivendo com HIV na faixa etária de 9 a 26 anos, deveriam receber três doses, porém a abrangência ainda está longe da meta estabelecida. Segundo o último levantamento feito pelo Ministério da Saúde, a vacinação nas meninas ficou em 46,2% para a segunda dose em 2017, para os meninos, o índice é ainda mais baixo, 20,2%.

Outra forma de prevenção é através do exame preventivo (Papanicolaou), realizado em mulheres entre 25 e 64 anos, que têm ou já tiveram atividade sexual com intervalo de um ano.

É importante lembrar que a vacina não substitui o exame preventivo de câncer de colo uterino. E que o HPV pode demorar até 20 anos para desenvolver uma doença relacionada.

A vacina do HPV é contraindicada para gestantes, indivíduos acometidos por doenças agudas e com hipersensibilidade aos componentes de imunobiológicos.

Esperamos que estas informações sobre o HPV e o câncer tenham ajudado você a entender melhor sobre o assunto. Mas, não fique com dúvidas, a melhor maneira de entender é conversando com seu médico. Aqui na Oncocentro você encontra profissionais qualificados e empenhados para oferecer um atendimento ético e humanizado a todos pacientes e familiares.

 

Fontes: 

  • Ministério da Saúde
  • Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica – SBOC
  • Instituto Nacional do Câncer – INCA

 

 

Esperamos que estas orientações tenham ajudado você a entender melhor esse assunto tão importante na vida do paciente oncológico.

Mas, não fique com dúvidas, a melhor maneira de entender é conversando com seu médico. Aqui na Oncocentro damos suporte aos pacientes que buscam ter seus direitos assegurados. Estamos sempre atualizados e fazemos parte da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica) que nos dá todo o suporte necessário.

Dr. Carlos Felin – CRM 9751
Médico Oncologista – Diretor Técnico da Oncocentro

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